sábado, 24 de maio de 2014

Meu Prêmio

Estava tudo no lugar, eu sei que fiz o meu papel.
Te dei as ondas do meu mar, te dei as estrelas do céu.
Queria ser seu companheiro, seu amigo, seu amor.
Parece estar tudo bem, mas eu sinto tanta dor...

Por mais que esteja me esperando, não consigo aceitar.
A distância tá me matando, e eu não sei me controlar.
Já não vejo graça em mais nada, pareço estar tão só.
E nada do que eu diga ou faça, pode me deixar melhor.

Quero você, e não te sinto, não te vejo, não consigo
Controlar minha vontade. Eu te amo de verdade.
Sonho em sermos só nós, então escuto sua voz.
Sinto vontade de chorar, preciso ir te encontrar

Pra te mostrar, que os nossos sonhos não foram em vão.
Que é a dona do meu coração, e que eu não quero mais ninguém.
Pra te provar, que nós vencemos a distância.
Quem acredita, sempre alcança.
Olhar seus olhos e dizer, que o meu prêmio é você!

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Fragilidade

De certa forma, admiro pessoas que conseguem ser fortes diantes de algumas situações da vida. Muitas vezes, até parecem ser frias, vazias de sentimentos, incapazes de um envolvimento profundo, mas, aparentemente, sofrem menos. Talvez, seja apenas demonstração. Quem sabe, assim como eu, que me sinto frágil, deitam a cabeça no travesseiro a noite e não conseguem dormir, por pensarem nas próprias vidas, nos próprios problemas, em coisas que perderam, em coisas que ainda tem... Eu queria ser forte! Queria saber superar certas fases da vida de forma madura, simples, rápida. Queria controlar meu coração, minha mente, e não permitir que a nostalgia os diminasse, e os fadassem ao sentimento de perda e fracasso que eles me levam a sentir. Queria conseguir desconsiderar a dor, o medo, a insegurança. Queria deixar de lado a saudade, e tentar me concentrar nas coisas que ainda tenho, e nas que estão por vir. Estou tão triste, tão confuso, tão perdido... O motivo? Mais uma vez, não consigo desapegar do passado. Viajo em pensamentos, em lembranças, em momentos, e então meu coração aperta. Vivo pensando em tudo, em como poderia ser diferente se eu ainda estivesse ao lado da pessoa que amo. Como seria se ela me aceitasse, e fizesse nossos planos serem reais. Mas, meus pensamentos só me levam ao mais profundo da solidão, onde me encontro agora. Me fazem perder a vontade de novas experiências. Me cegam. Me imobilizam. Não permitem que eu siga em frente estando em paz. E tudo o que eu quero, é sair dessa tormenta. Tudo o que quero, é fechar os olhos e dormir em paz...

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Utopia

Sabe, não me orgulho nenhum pouco das coisas que fiz nos últimos tempos. São motivos de vergonha e desprezo. Há quase quatro meses atrás, eu, que estava com o coração machucado por desamores da vida, e cansado de envolvimentos superficiais, decidi não amar mais ninguém, não me apegar, não me entregar, pois os resultados desse tipo de envolvimento, sempre foram muito trágicos para mim. Conheci muitas pessoas, fiquei com muitas delas, mas no fundo, precisava de algo a mais, em uma tentativa frustrada de preencher o vazio que eu sentia dentro de mim. Por uma brincadeira de mal gosto, entrei em um site de relacionamentos, mas sem intenção alguma. Era mais pra saber como funcionava, e eu não pretendia extrair nada dali. Conheci uma guria. Ela era muito bonita, e muito divertida. Pedi o contato dela, e começamos a nos aproximar. Era muito divertido passar o dia me comunicando com ela, e em um curto período de tempo, quando ela não estava, eu sentia falta. Quando ela saía, eu tinha ciúme. Quando eu saía, só sabia pensar nela, e falar nela. Era o começo de um conto de fadas, já que eu não havia sido transparente o suficiente. Não havia dito a ela quem realmente sou. Nos primeiros dias, tive vontade de fazer isso, mas aquela história estava ficando muito interessante pra mim, e eu estava começando a me apegar. Quis me barrar, me colocar no mundo da realidade, e fazer o que era certo, que era contar a verdade, mas a cada dia que passava, eu me encantava mais com essa guria. Ela, definitivamente, é muito diferente das outras. Consegue manter o ar de inocente, mesmo mostrando não ser. Sempre foi muito companheira, muito prestativa, e era uma pessoa que eu sabia que podia contar nos meus melhores e nos meus piores momentos. Claro, todos nós temos defeitos, mas os dela, eram amáveis pra mim. Eu poderia aturá-los para sempre, já que ela aturava os meus. Tudo ao lado dela era bom, mesmo ela estando distante. Minha mente só sabia pensar nela, e imaginar a vida ao lado dela. Tudo o que eu queria era que aquela história se tornasse verdade. Me senti o David do filme Inteligencia Artificial, que procurava a fada azul para tentar se transformar em um humano. Planejava uma vida, um futuro, sonhava em ver tudo se transformar em realidade, e entrava em um mundo que não existia, mesmo que pra mim e pra ela, fosse muito real. Chorei amargamente por não poder ir visitá-la. Chorei amargamente por não ser verdadeiro. Chorei amargamente por estar agindo inconsequentemente, me enganando, vivendo por uma causa que não havia possibilidades de dar certo. Minha mãe sabiamente diz que nada que começa errado termina certo. Mas eu vivi acreditando que daria. Vivi acreditando ser quem ela pensava que eu era. Me planejei pra todos os nossos sonhos e planos se tornarem reais, mesmo que no fundo, eu soubesse que não seriam. As pessoas me alertavam sobre os danos que eu poderia causar, não só a ela, mas a mim também. Nessa altura do campeonato, eu já não me importava mais comigo, e estava cada dia mais amarrado a ela, com a necessidade de te-la pra mim. Fiz de tudo para faze-la feliz. A amei da forma mais pura, e do jeito mais profundo que eu poderia amar alguém, e isso me destruía, pois eu mesmo não aceitava o que estava fazendo. Tive medos terríveis, não queria machucar ela, Não queria a perder. Não queria sair do mundo em que estávamos, pois ele era mais bonito. O tempo foi passando, e dia após dia, essa história foi se enraizando. Fui me perdendo, me jogando, me afogando em um mar de sentimentos que se misturavam entre bons e ruins. Era tudo o que eu queria pra minha vida, mas era a coisa mais errada que já fiz. Nesse misto de sensações e sentimentos, fui vivendo. Procurei ser o mais compassivo possível em tudo, não quis de forma alguma transformar esse sonho no pesadelo em que se tornou. Estávamos envolvidos demais para querer qualquer outra coisa que não fosse viver o sonho da nossa vida, que era constituir uma família juntos. Eu explodia de alegria fantasiando isso, mas em seguida, me destruía e entrava em completo desespero. Era muito perigoso viver com dinamites acesas amarradas ao corpo. Eu sabia que sairia machucado, mas não me importava. O que me importava era não deixa-la sofrer. Ela não merecia. Jamais vou entender o porque fiz isso, mas não posso negar, foram os melhores três meses da minha vida, mesmo que eu não a tinha em meus braços como eu gostaria. A história respingou em mais pessoas. A cada dia eu me via mais escravo das minhas próprias mentiras, e mais envolvido em coisas que me faziam extremamente mal. Eu, indubitavelmente, preferia que todos soubessem a verdade. Só não tinha coragem, nem força para fazer isso. Eu me olhava no espelho, e sentia nojo. Nojo dos meus atos, dos meus pensamentos, da vida que eu estava levando, pois por mais que eu quisesse que fosse verdade, não era. Era uma falsa paz, que só durava enquanto eu mesmo acreditava nas minhas mentiras. Não vou dizer em momento nenhum que algo que fiz foi certo, pois sei que não foi, mas deixo totalmente expresso que tudo o que fiz e quis por ela, foi o bem. Tratei ela como se trata uma princesa. Respeitei, cuidei, fui o mais paciente possível, e a quis proteger e preservar de todo mal do mundo, mesmo sabendo que eu mesmo, miserável que sou, estava fazendo mal a ela. Alguém, por pura vaidade, resolveu desvendar os olhos dela e das pessoas envolvidas. Não o desprezo por ter exposto essa história à luz da verdade, e sim pelo motivo. Não foi por querer meu bem, e nem o bem das pessoas envolvidas. Foi por invejar o lugar onde eu estava. Foi por se sentir menor que eu. Foi por saber que mesmo eu não tendo atributos que me fizessem ser quem eu gostaria, ainda era melhor, e usufruía disso muito mais. Era alguém em que eu confiei, e que me traiu. Todos sabiam que a história precisava ser desfeita, mas todos sabiam, do mesmo modo, é que isso deveria partir de mim. Foi muito egoísmo, muita mesquinhez, com alguém que o ajudou em tudo, sempre. Mas, Deus sabe de todas as coisas. Eu sei que pagarei por tudo o que fiz, sei que na vida, o que se planta, se colhe, e sei que todas as intenções serão consideradas. Deus sabe de tudo. A verdade, enfim, foi dita, mesmo que de for,a forçosa. Eu nunca senti tanto medo na minha vida. Infelizmente, ela não está bem. Ah! Como eu queria evitar isso! Mas sei que Deus mesmo vai cuidar dela. Ela sempre foi forte, e espero que continue sendo. Ela me perdoar, comprovou o quão nobre ela é. Tem um coração de ouro, e eu desejo coisas pra ela melhores do que pra mim. Os envolvidos também foram compreensivos. Todos estamos abalados, todos estamos assustados. Falando um pouco de mim, estou destruído. Sei que é melhor assim, que todos saibam a verdade, mas estou em pedaços. Por envolve-la, por me envolver, por sonhar, por querer, por ganhar, e perder. Me sinto desprotegido, sem abrigo, sem lugar. Estou completamente envergonhado, me sentindo sujo, me sentindo culpado, desprezível, indigno. As pessoas me perdoaram, mas não consegui me perdoar ainda, mesmo sabendo mais do que ninguém o quanto fui levado por meus sonhos e vontades de ser feliz ao lado de alguém que sabia me fazer feliz. Talvez, no meio dessa história, perdi minha própria identidade. Não sei bem quem sou, sei quem eu gostaria de ser. Não sei onde estou, sei onde gostaria de estar. Não sei o que tenho, sei o que gostaria de ter. Perdido, sem rumo, vou refazer a minha vida. Será um novo começo em minha vida. Não tenho nada, não tenho ninguém. Não tenho nem motivação, mas vou fazer por mim o que eu gostaria de fazer por ela. Ela fez de mim, ou de quem eu acho ser, uma pessoa melhor. Me ensinou muitas coisas, me mostrou formas de enxergar a vida e as pessoas. Me precaveu contra os perigos do mundo, das pessoas, me ensinou que se eu não correr atrás dos meus objetivos, ninguém fará isso por mim, e me ensinou que o amor não é apenas um sentimento que se guarda no coração. Ele é demonstrado em cada palavra, cada gesto e em cada atitude que tomamos. É expresso não somente através de músicas e poesias, mas também em puxões de orelhas, em alertas, até mesmo em ciúmes. Me fez ver que há coisas muito mais importantes e profundas do que o contato físico, que é o contato do coração. Jamais esquecerei dela. Jamais esquecerei das coisas que me ensinou. Jamais deixarei de amá-la. Me sinto muito mal pra continuar escrevendo, mas acho que disse praticamente tudo. Espero que tudo fique bem...

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Omissão

Era simples. Apenas precisava me sentir confortável diante das situações. Eu deveria ter aprendido com a vida e com o tempo a não confiar plenamente nas pessoas, a não me entregar por completo. Eu, que sempre fui inseguro, tentava ser o mais claro, transparente e verdadeiro o possível. Me disseram que era inocência, que as pessoas não são assim, mas eu não quis acreditar. A cada pedrada que eu levava, a cada tombo, eu levantava e seguia em frente, sem me importar com quem me feriu, quem me derrubou. Percebi que essas pessoas, foram as que mais amei. Dediquei meu tempo, minha atenção, meu amor, meu cuidado, minha sinceridade, meus planos, sonhos, objetivos, à pessoas que talvez não estivessem preparadas pra isso. Eu queria compromisso sério, e elas, acho que queriam mesmo encontrar um rumo. Me preocupava tanto em não ferir, e era ferido. Abria mão de coisas que me agradavam pra agradá-las, mas elas preferiram esconder de mim a verdade. Dura verdade, mas antes ser esmurrado por ela do que iludido por mentiras e omissões. Eu era um menino inocente. Apenas um menino inocente. Sonhos de menina, namorar, casar, ter filhos, construir uma família, viver pra essa família, ser feliz por toda a vida. Preferi acreditar que esse mundo de sonhos seria real, mesmo sentindo, lá no fundo, que não. Eu acreditava em cada palavra que ela me dizia. Ficava perto o tempo todo, achei que não daria tempo, ou não teria forma dela esconder as coisas de mim. Sempre fui desconfiado, mas acreditei piamente que ela não mentiria, que não omitiria, que não se importaria em dizer as coisas pra mim. Mesmo com todos me dizendo pra não confiar, pra não acreditar, pra não parar de viver por alguém que eu nem conhecia de verdade, eu preferi acreditar. Por que acreditei? Por que dói tanto? Eu me sentia bem, me sentia forte, fazia milhares de planos, sonhos. Ela me disse que valeria uma vida ao meu lado, fez elogios que me fizeram subir ao céu. Eu estava feliz, e certo de que havia feito a escolha certa. Tinha convicção que a espera valeria a pena, que era no tão sonhado encontro que eu deveria investir minhas finanças, meu tempo, que eu deveria esperar, respeitar, e que cada coisa de que abri mão, valeria a pena. Eu estava me sentindo tão bem, tão feliz! Havia dito que de todas as vezes que eu quis ir encontrá-la, nunca havia sido tão forte. Estava cantarolando, sorridente, de bem com a vida, com tudo, com todos. E de uma hora pra outra, meu chão abriu. Parecia que o mundo desmoronava na minha cabeça. Como se de repente, eu tivesse sendo esfaqueado. Eu lembrava de cada palavra que havia ouvido a minutos atrás, e não fazia nenhum sentido quando eu soube que ela não era tão transparente comigo. Minha cabeça girava, eu que estava em pé, sentei pra não cair. Por minutos, fiquei estático, sem reação. Não conseguia acreditar que era verdade. Não conseguia entender o por que ela faria isso comigo, sendo que no primeiro dia que nos falamos, ela havia dito que me contaria caso acontecesse alguma coisa. Meu corpo estremecia, e eu não conseguia falar. Meus olhos cheios de lágrimas, não me deixavam enxergar. Um nó gigantesco na minha garganta, e eu não queria nem respirar. Não sabia onde eu estava, como eu estava, quem estava perto. Saí da órbita. Meu coração estava sendo despedaçado, e eu não sabia mais o que fazer. Eu não queria aceitar aquela situação, não podia acreditar que ela mentiria pra mim, que ela pudesse me esconder algo tão sério, não aceitava que a mulher que eu amo e por quem estaria disposto a dedicar os meus dias aqui na Terra, poderia me machucar tanto. Eu tentando acalma-la minutos antes de tudo, quando ela disse que estava insegura. Disse pra ela não se preocupar, que a única coisa que ela não poderia fazer era me trair. Como dói uma traição! Nunca ví meu humor ser tão bruscamente alterado. Eram dois extremos. Do ápce da felicidade ao mais profundo da dor. Acho que se alguém me batesse e quebrasse todos os ossos do meu corpo, não teria doído tanto quanto estava doendo aquela hora. Era meu céu caindo, meus sonhos e planos sendo destruídos, minha confiança sendo quebrada, e a minha fé nas pessoas e no amor sendo extirpada. Não ví sentido em nada daquilo. Estático, sem reação, fui andar pra tentar acalmar minha mente que gritava, fazendo indagações e se culpando por muitas coisas. Eu queria calar minha mente, minha vóz, meu coração. Eu queria sumir, desaparecer, evaporar. Era amor demais em mim. Era dor demais. Era medo demais. Eu não me via mais sem ela, mas não conseguia parar de chorar, e pensar no que eu havia ouvido. Me senti um fraco, um dramático, um sonhador barato, que se iludiu sozinho, achando que poderia ser diferente, e que a maior dor que eu sentiria, era a da saudade e a da vontade de querer e não poder estar com ela. Já não sei se faz sentido o que estou escrevendo, não consigo prestar atenção. Não consigo me aproximar, por mais que eu queira. Não consigo ignorar o que aconteceu, e nem considerar o período em que aconteceu. Não consigo parar de pensar que a culpa é minha por não ter ido antes conhece-la, ou não ter desconfiado, já que ela dizia que eu podia ficar com quem eu quisesse. Bruscamente, tudo mudou. Eu não sei ser indiferente, não sei fingir que está tudo bem. Não queria deixa-la triste, principalmente hoje, mas não consigo fazer, nem falar nada que amenize isso. Não sei se vou conseguir confiar nela novamente. Não sei se consigo aceitar, perdoar, seguir em frente... Eu não sei o que fazer. Acho que ela não tinha dúvida de quanto eu a amava, a queria, a desejava, e sonhava em estar com ela pro resto da minha vida. Eu sempre a defendia quando as pessoas diziam que ela poderia estar com outro, que ela facilmente me enganaria, que eu era tolo em acreditar. Como me preservar das pessoas? Das coisas ruins? Onde eu posso me esconder? Pra onde devo ir? Meu Deus, me ajuda, por favor...

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Menino assustado

Um dia nublado, não apenas pelas condições climáticas, mas por tudo. Acordei tarde, não só do meu descanso físico, e sim para as minhas atitudes e emoções. Me sinto um menino bobo, que mesmo sendo avisado dia após dia sobre os perigos que o cercavam, correu em busca do que acreditava ser felicidade. Me impressiono com a inocência desse menino, que ao invés de crescer, enxergar o mundo e as situações como elas realmente são, resolveu ignorar as coisas ruins, e acreditar em sonhos. Parece que esqueci de tudo o que já aconteceu comigo por eu ser assim, intenso. Negligenciei coisas fundamentais, e quando acreditei estar acertando, estava novamente cavando um buraco embaixo dos meus pés. Agora, me pergunto: cadê meu chão? Eu o destruí. Pisei em falso, e agora corro o risco de cair em um abismo. Tudo isso por ter esquecido que não posso agir como um adolescente de 12 anos de idade, que quando se apaixona, não pensa em mais nada. Gostava de imaginar que estava dando tudo certo, que quando descrevíamos uma cena, que pra mim era tão especial, de certa forma, se tornava real. Me entreguei dia após dia, cada vez mais. Muita coisa mudou em minha vida desde que eu conheci a guria que me inspira a escrever isso. Antes de conhece-la, pensei que não ia querer ter um compromisso tão cedo. Ela me fez pensar diferente, mesmo dizendo que eu não precisava me relacionar com ela agora. Não consegui seguir dessa forma, porque estava perdidamente apaixonado. Não conseguia pensar em outras gurias, nem em nada que não a envolvesse. No trabalho, na faculdade, na minha casa, e com os meus amigos, em todos os meus assuntos, ela surgia. Em todos os meus pensamentos, ela estava. Em tudo o que eu fazia, a via. Qualquer coisa que eu olhasse, fizesse ou sentisse, me levava a ela. Completamente apaixonado, e triste por não poder estar com ela, a fazendo perceber que tudo isso era real. Dizem que homens amadurecem mais de vagar, e deve ser verdade. Ela é muito mais racional que eu. Estava tudo muito bom, exceto pelo fato da gente não poder estar juntos fisicamente. Na verdade, isso era um peso que estava a cada dia mais se tornando insustentável. Por eu ser esse guri apaixonado, não me importei tanto, embora sentisse muito. Mas ela, se importa. Por eu querer muito, acabei sobrecarregando ela com as minhas inseguranças, e meu jeito possessivo. Acabei deixando a minha princesa desconfortável, em uma situação ruim. Não quero sufoca-la, mas hoje, depois de conversar com ela, percebi que faço isso. Fiquei incomodado, desesperado. Ela pode até gostar de mim, mas não do jeito que gosto dela. Eu digo isso porque eu sei que se eu ficar com alguém, vou me sentir o pior dos seres humanos, e pra ela, isso seria normal, já que não temos nada sério, segundo o que ela diz. Eu sempre soube disso, mas tentava esconder de mim mesmo. Hoje, ouvindo ela dizer sobre estar com esse peso nas costas, parecia que havia se quebrado a bolha em que me coloquei, pra fugir da realidade, que parece tão difícil e assustadora. Senti meu coração gelar, fiquei inquieto. Algo se movia dentro de mim, e essa sensação que não sei descrever, não era boa. Comecei a pensar em tudo, e isso fez doer meu coração. Meu corpo arrepiava, só de pensar. Eu, que sempre fui inseguro, gritava por dentro, com medo. Era o pouco que eu tinha se transformando em nada. Os meus planos sendo apagados, sorrateiramente. Minha cabeça cheia, pensando em tantas coisas, que não me trazem paz. Eu não sei o que posso fazer, mas preciso. Não sei se eu vou de uma vez conhece-la, ou se espero ela querer me conhecer de verdade, gostar de mim de verdade. Não sei me sentir melhor. Não sei ser mais forte, mas preciso. Não sei o que dizer, mas quero.
Independente de como as coisas vão ficar, eu só quero que ela tenha a certeza de que eu a amo, e faria qualquer coisa por ela, e pra ter o amor dela!

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quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Desabafo

Às vezes me pergunto: qual o sentido das coisas que tenho feito? Tento ser um bom funcionário, um bom filho, um bom aluno, um bom amigo, um bom namorado. Muitas vezes, parece que se eu não tivesse me importado, me sairia melhor. Por coisas bobas e banais, acabo chateando pessoas, e comprometendo minha própria paz. Não quero isso pra mim, e nem pros outros. Na verdade, não sei nem o que escrever, mas me sinto incompreendido, e desvalorizado! 

Sem mais!

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Mundo desabando

O meu anjo não estava me guardando enquanto eu dormi,
E o sol não apareceu essa manhã, já não sei mais sorrir.
E o desespero invade deixando de lado minha paz.
O meu mundo desabando e não sei se eu aguento mais.

Os meus sonhos vão desmoronando, não sei pra onde ir.
Eu quero correr pra longe disso, eu quero sumir.
E se jurei deixar toda a dor de lado, eu não sei cumprir.
Não sei o que devo fazer, quero você aqui.

E se errei mais uma vez, peço desculpas.
E se eu machuquei você, foi uma loucura.
Sem intenção, razão, sem ter os pés no chão.
Tudo que eu quero é reconquistar seu coração.

Meus defeitos falam alto, não sei controlar.
Sempre faço tudo errado, não posso negar.
Mas se existe uma verdade em mim, eu vou dizer.
Não queria assumir, mas eu amo você...

Mirla

Acho que o brilho dos meus sonhos se tornou opaco. Acho que o caminho que fiz e trilhei foi o errado. Eu não tinha muita coisa, mas agora não tenho nada. Todas as minhas certezas foram por água abaixo. Talvez foi a chuva que peguei enquanto andava pra espairecer a mente que tenha feito isso.
Faz pouco tempo que tudo estava normal. Tudo indo bem, tudo seguindo para novos rumos. Eu avistava novos horizontes, e estava me sentindo realmente bem. Sempre recebi golpes da vida, mas ainda me sentia forte, e disposto a continuar. Afinal, são muitas as surpresas que a vida nos traz. O problema, é que só esperava as surpresas boas. Meu mundo caiu!

Não faz muito tempo que, por diversão, resolvi entrar em um site de relacionamento. Era só curiosidade, não tinha nenhuma intensão séria com aquilo. Falei com uma guria, e ela me deu atenção. Trocamos número de telefone, e nos falamos bastante. Superficialmente, falamos de tudo. Era um dia marcante, já que se comemorava o dia do sexo. Essa guria, de algum jeito que não sei ao certo dizer, chamou muito a minha atenção. Embora eu havia apenas trocado algumas mensagens com ela, a conversa me instigou, e eu não queria perder o contato dela. A conversa era bem informal, e em tom de brincadeira. Tanto que eu a pedi em namoro. Não pensei, apenas agi. Ela mora em outro estado, é mais nova que eu e pensamos muito diferente, mas me encantei com o jeito bruto dela, com a falta de frescura, com a clareza e facilidade em todos os assuntos. No mesmo dia, ela disse que iria viajar no final de semana, e que ficaria sem celular. A primeira coisa que pensei, foi: ela namora, e vai passar o fim de semana com o namorado. Mas, mesmo assim, fiquei pensando nela nesses dias. Fiquei ansioso esperando ela voltar. Outras gurias do site de relacionamento me chamaram pra conversar, mas não dei atenção pra quase nenhuma delas, e as que dei, fui superficial. Não queria conversar com outras, só queria que ela voltasse logo da "suposta viajem". Quando ela voltou no domingo a tarde, me chamou e eu fiquei muito feliz. Lí o nome dela na mensagem e senti um frio na barriga. Já havia falado dela pra várias pessoas, e essas pessoas, diziam que provavelmente eu havia enlouquecido. É, eu também acho que enlouqueci. Do nada, o que eu mesmo considerava uma brincadeira, comecei a levar a sério. Tudo estava rápido demais, e isso estava me assustando. Trocamos bastante mensagens, e quando não havia mais assunto, eu procurava, só pra poder falar com ela. Pedi pra ela deixar eu ligar, conversar, e ela disse que sim. Fiquei muito ansioso pra falar com ela e ouvi-la. Quando liguei, minha mão estava suando, sentindo um frio na barriga, nervoso... Mas foi uma conversa tranquila. Falamos sobre muitas coisas, e percebi o quanto eramos diferentes. Ela totalmente radical, eu medroso. Ela com aventuras do campo, e eu histórias chatas da cidade. Ela me dizendo como se fazia pra matar jacaré, e eu com nojo eterno de me imaginar comendo uma barata. Lembro que ela me chamou de fresco, rs. Quando desligamos o telefone, eu estava tão feliz de ter falado com ela, que sorria pra todo mundo. Parecia insano, mas eu estava começando a gostar dela. Os dias foram passando, e eu cada vez me apaixonando mais. Em pouco tempo, ela se tornou o meu primeiro, e o meu ultimo pensamento. Parecia ser a única menina interessante do mundo, era a única que eu queria. Eu dizia a todos que ela era minha namorada. Meu sonho, a partir do momento que a conheci, mudou. O que eu mais queria no mundo, era encontra-la, abraça-la, senti-la. Queria traze-la pra perto de mim, e ama-la de um jeito que a deixasse segura. Queria conquista-la, e faze-la perceber de que eu poderia ser o melhor pra ela. Mas, esse meu jeito impulsivo e acelerado, a assustava. Tivemos momentos especiais por telefone. Trocamos mensagens especiais, fotos, músicas. Era tudo encantador. Em mim, começou a surgir o ciúme. Tinha muito medo de perde-la, medo dela conhecer alguém que parecesse melhor, e esse alguém roubasse ela de mim. Estava preocupado, inseguro, e a gente começou a se estranhar. Nunca quis brigar com ela, mas algumas vezes nos desentendemos. Ela, por se preocupar comigo, ficou chateada com minhas imprudências. Eu, por ser ciumento, estava chateado com o sumiço dela durante uma festa. Ficava muito incomodado com isso, mas tentava me controlar, pra não afasta-la de mim. Conversamos mais, nos conhecemos mais, e eu pensei que ela não gostava de mim, havia enjoado, e que iria se afastar. Fiquei com medo, mas deixei rolar. Conversamos, e através dela, tomei atitudes corretas. Sempre a considerei meu anjo, e estava me sentindo protegido pelo cuidado dela. Conseguimos nos acertar dos pequenos desentendimentos, e eu estava muito feliz. Com os outros acontecimentos da vida, me vi abalado, e ela estava alí, do meu lado, mesmo estando longe. Me apoiou, me confortou, me fez sentir seguro, protegido, e aquilo me fez gostar ainda mais dela. Queria muito poder encontra-la, e isso era tudo o que eu conseguia pensar. Meus problemas ficavam menores quando eu pensava nela, pois nela, encontrei meu ponto de paz. Por estupidez, cometi um ato digno de condenação. Sem pensar, sem imaginar as consequências, sem um pingo de sensatez, por covardia, tentei engana-la. Sim, pura idiotísse, por que de idióta ela não tem nada. Quebrei a confiança dela, a decepcionei, e isso me destruiu. Se eu pudesse voltar no tempo, faria qualquer coisa pra desfazer isso, pois realmente estou arrependido, mas... O que adianta se arrepender depois de ter cometido a pior das burrices? O que adianta gostar tanto de alguém e não saber ser verdadeiro o suficiente e encarar as coisas de frente, do jeito certo? Tudo o que eu queria era ficar bem com ela, mas a cada passo que eu dava, piorava mais a situação. Chorei calado, doeu. Minha cabeça e meu estomago gritavam de dor, e não havia mais o que eu podia fazer. Meu maior medo era perde-la, e esse medo se tornou real. Me senti um menino, uma criança perdida, inconsequente, que precisava de alguém que a segurasse pela mão e a mostrasse pra onde ir. Sempre faço tudo errado, mas de tudo o que perdi, nada havia me feito sentir tanto medo e dor.

Eram tempos em que minha família estava abalada, meus amigos estavam com problemas sérios, meu trabalho estava conturbado e me fazia pensar se eu realmente queria continuar alí, estava sobrecarregado na faculdade e alguns problemas do passado estavam querendo reaparecer. Me senti sem chão, sem planos, sem esperança, sem força e sem nenhuma motivação. E o pior, em todos os aspectos, achava que merecia aquilo.

Talvez isso passe, seja uma fase, em que eu preciso aprender a crescer. Talvez eu tenha que conviver com a dor de não saber fazer as coisas do jeito certo, e perder o que realmente é importante. Talvez meu coração louco precise apanhar, pra aprender a parar de tentar resolver tudo, e sempre apanhar por não entender que não se faz com os outros o que não gostaria que fizessem com ele. Não sei como as coisas vão ser, sei que preciso me recuperar, e encarar as consequências das minhas atitudes.

Sem mais...

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Pesadelo

Às vezes, no silêncio da noite,
Não consigo dormir.
Meus pensamentos me consomem,
E eu quero sumir.

Fico pensando em tudo,
Em como me deixou.
Nunca fui tão inseguro,
Nem sei se me amou.

Na mente, as lembranças
Fazem arrepiar meu corpo inteiro.
Chego a ter esperanças
Que vou acordar de um pesadelo.

Que é não te ter comigo,
Não saber a direção
Que devo seguir
Pra alcançar seu coração.

Quero te ter do meu lado,
Pra poder viver em paz.
Te segurar em meus braços,
Não te deixar jamais.

E te amar, te amar, te amar...

Milani

Entre os encontros e desencontros da vida, conheci alguém que parecia diferente de tudo o que eu já tinha visto. Aparentemente, era discreta, reservada, não dava ousadia pra ninguém. Às vezes, por educação, eu tentava falar com ela, mas ela sempre foi muito seca, ríspida, fria e não demonstrava nenhum tipo de reciprocidade. Não me preocupei com isso, era apenas uma pessoa que não fazia a menor diferença pra mim. Através de amigos em comum, começamos a nos aproximar. Conversávamos pouco, coisas informais, que não nos levariam a lugar nenhum. Sem perceber, começamos a falar de nós, das nossas experiências de vida, dos nossos amigos, dos nossos relacionamentos. Um dia, ela disse que faria o mesmo caminho que eu pra ir embora pra casa, e fomos juntos. Fiquei com receio de acabar o assunto e ser um percurso chato, mas não foi. Conversamos bastante e, a partir dalí, começamos a nos aproximar mais. Eu gostava de conversar com ela, e ela, aparentemente, gostava de me ouvir, de falar comigo. Trocávamos poucas mensagens por dia, e era bem informal, sem compromisso. Começamos a ser mais carinhosos. Ela fazia cafuné em mim, eu abraçava ela, a segurava pela mão. Isso criou em mim um instinto protetor. Um dia, devido a uma fatalidade da vida, eu estava muito triste, e ela foi super compreensiva. Me apoiar em um momento difícil, foi essencial pra eu começar a me apegar. Comecei a sentir falta da presença dela. Procurava motivos pra me aproximar, pra procura-la. O fim de semana passou, e eu com meus amigos, comecei a pensar nela, a querer ela comigo, e já não via a hora de chegar segunda feira para reencontra-la. Quando a vi, a abracei forte. Disse que senti a falta dela, e na hora de ir embora, a levei até o terminal de ônibus perto da casa dela. Disse que gostava da companhia dela, e pedi um beijo. Ela negou, e aos poucos, tentou se afastar de mim. Conversamos, e eu pedi pra ela não fazer isso. Eu, a essa altura, já sentia ciúmes, falta, pensava nela o tempo todo... Um bobo apaixonado. Ela não se afastou, nos dávamos bem, e até dizíamos ser casados. Todos acreditavam em nosso "caso". Até eu cheguei a acreditar. Pensei que ela iria gostar de mim assim como eu gostava dela. Quando eu a olhava nos olhos e a segurava em meus braços, eu tinha certeza disso. Mas, a vida nos afastou. Fiquei muito mal, e ela disse que estaria comigo sempre, que não me deixaria nem me abandonaria. Que os domingos seriam meus. Eu cheguei a acreditar. Fiquei mal por um tempo, mas me recuperei, porque ela realmente não sumiu. Era tudo muito bom, até que ela se afastou. Não estava mais vindo me ver, e eu que havia dado mancada a poucos dias antes, não sabia cobrar isso. A situação estava meio estranha, mas ainda assim eu a tinha, e isso me fazia muito bem. Um dia, perguntei se ela havia ficado com alguém em um evento que ela foi. Me xingou, ficou muito brava e disse adeus. Adeus? Não era motivo. Pensei que isso era por ela estar brava, mas que ela iria voltar. Ela, então, me excluiu do facebook, me bloqueou no whatsapp, não respondia mais minhas mensagens... Quando eu tentava algum tipo de contato, ou ela ignorava, ou isso nos levava a mais algum tipo de desentendimento. Claro que toda história tem dois lados. Pode ser que realmente eu tenha a sufocado, embora quando eu perguntei, ela disse que a sufocava quando ficava em crise de ciúme. Pode ter sido por nossas diferenças, embora um dia antes ela disse que isso não influenciava em nada. Pode ter sido pelos meus excessos, embora ela tenha dito que eu poderia fazer de tudo, menos influenciar na liberdade dela. Na verdade, até hoje não entendo, e acho que ela ficou com alguém. Deve ter se afastado, pra eu não me afastar. Não sei de onde surgiu tanta raiva de mim, tanta aversão, mas... Sofro com isso. Sinto muita falta dela, e se eu soubesse, a faria voltar. Me sinto um idióta por gostar de alguém que não gosta de mim. Aliás, a amo, embora ela tenha dito que eu nem sei o que é amar, e que eu não deveria ama-la. Espero sair dessa, e que essa dor do abandono e da ausência não me sucumbam. Espero me sentir bem de novo, e completo, mesmo sem te-la. Mesmo sem ve-la. Mesmo a querendo pra mim...

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Mais uma história de amor

Já salvo de todo tipo de dor
Foi quando a vida me mostrou
Algo que parecia especial.

Ela tinha um jeito encantador
Sorriso alucinador
Um gênio forte, me tratava mal.

E isso começou a me instigar,
Queria me aproximar
E aos poucos ganhar o seu coração.

Mas sem querer, fui me apaixonar,
E nessa história de "brincar"
Me coloquei inteiro em suas mãos.

Ela dizia para eu parar
Que não seriamos mais que amigos
Disse que iria se afastar
Não queria me magoar

Eu disse que eu tinha interesse,
Mas que, a partir dalí, bola pra frente.
Respeitarei tudo o que decidir,
Só peço pra não se afastar de mim.

E então viramos bons amigos,
Mas era um perigo,
Eu me envolvia cada dia mais.

Entre abraços e carinhos,
Eu estava perdido,
Sem ela não sabia o que era paz.

Ela me olhava diferente,
Pensei que ia pra frente,
Que iriamos ter um compromisso.

Mas só foi ilusão,
Não ganhei seu coração...

A vida queria nos afastar,
Eu não podia aceitar
Queria ela bem perto de mim.

Marcava de sair, a encontrar
Sem ter destino, só ficar
E isso me deixava bem feliz.

Mas quando não a via, eu pirava
O ciúme me acaba,
E era o começo do meu fim.

Num dia triste, ela disse adeus
Esqueceu o que prometeu,
E disse que eu a sufoquei.

Com raiva e dor, sigo o meu caminho,
Só que agora estou sozinho.
Fui traído por quem mais amei.



sábado, 22 de junho de 2013

Desencanto

Era uma noite estranha de sexta feira. As ruas estavam cheias de gente, com trânsito, porque os moradores da cidade estavam protestando contra a corrupção, e interditando as principais vias. Eu, que de certa forma apoiava essas manifestações, fiquei com raiva delas, pois estava tudo parado, e essa era a noite em que eu encontraria minha princesa. Nós tentamos nos ver a semana inteira em outros horários, mad não havia dado certo. Na verdade, tinhamos muitos planoa de nos encontrar, cantar juntos, comer coisas gostosas, sair pra passear, mas, desde que nos conhecemos, conseguomos nos ver pessoalmente três vezes, e sexta feira, seria a quarta. Nos falamos bastante por semanas. Eu sentia falta dela quando ela não estava, mas não dizia, pra não preciona-la. Quando ela me procurava, eu ficava muito feliz, porque ela demonstrava estar pensando em mim. Falavamos de tudo, de nós, dos outros, de músicas, comidas, lugares, de amores, sentimentos... Ela disse que confiava muito em mim, e que eu seria a ultima pessoa que ela se afastaria, caso fosse se afastar de alguém. Estive do lado dela quando as coisas não estavam tão bem. A apoiei, incentivei, a ajudei em tudo o que eu podia. Tudo o que ela precisou, eu dei. Mesmo que pra mim pudesse faltar, pra ela não deixei faltar nada. Já sentia um enorme carinho por essa guria, queria poder fazer mais por ela, cuidar, proteger, te-la por perto, dar amor e segurança, fazer ela se sentir feliz... Queria que ela visse em mim uma pessoa especial, que também quisesse cuidar, amar, proteger e apoiar. Pensei que estávamos conquistando esse espaço, um na vida do outro, mas me enganei. Coloquei uma roupa bonita naquela sexta feira estranga. Me arrumei, perfumei, ouvi músicas alegres, romanticas, coloquei um presente na mochila, e sai pra encontrar minha princesa. Estava um caos o trânsito, ela me ligou, e eu disse que estava chegando. Fiz um caminho estranho pra tentar chegar ao lugar do encontro. Com muita dificuldade, consegui chegar. Ela ainda mão estava, então a esperei. Estava ansioso. Estava um leve frio, mas minhas mãos suavam, meu coração batia acelerado, e os minutos custavam pra passar. Olhei pre frente, e vi um rapaz passando. Ele passou pela minha princesa, e deu um beijo na boca dela. Ela saiu depressa, e apontou pra mim. Fui até ela, com o semblante baixo, e o coração destruído. Quando cheguei, ela me deu um abraço forte, mas eu não curti. Segundos antes, era o que eu mais queria, mas isso se perdeu quando vi o cara, que tinha cara de maloqueiro, a beijando. Ela me olhou, disse que eu era um fofo, e perguntou pra onde eu ia. Meu plano inicial era sair com ela, mas pelo jeito, ela nem sabia disso. Eu falei que ia pra casa, que estava cansado. Ela disse que, pra eu ir pra casa, realmente deveria estar cansado, e disse que me encontraroa na semana. Entreguei o presente, e ela agadeceu. Disse que tinha que ir, porque havia alguém a esperando. A boca dela estava borrada de batom. E não deubtempo do rapaz que eu vi a beijando fazer aquilo. Ela estava com outra pessoa antes de ir pra lá. Naquele instante, o encanto se perdeu, e eu comecei a me arrepender profundamente de ter sido tão idiota, e ter feito por ela o que ninguém mais faria. Talvez, todos sabiam que ela não merecia. Fui pra lá exalando alegria, mas em menos de dois minutos sai, trazendo decepção no olhar. Perto de dar uma hora da madrugada, ela mandou mensagem dizendo que havia acabado de chegar em casa, e me perguntando se eu já havia chegado. Respondi que sim, e mandei  sorriso. Não queria falar com ela. Depois de algum tempo, ela perguntou se era apenas cansaço, porque eu estava com uma cara estranha. Não quis responder. Não saberia não expressar a decepção. Eu pensava que ela era uma princesa, mas me enganei. Pensei que não era qualquer uma, e me enganei. De certa forma, naquele instane, ela se tornou despresível pra mim! Talvez a culpa seja minha, por ter fantasiado uma pessoa perfeita, ou por ter criado expectativas que não deveria. Ou por ter acreditado que ela ainda poderia amar, que as dores do passado pudessem ser curadas com amor, e eu poderia a fazer feliz. Devo ser um otário! Agora, seguirei em paz, sem ela, sem dar o que ela não merece receber, sem pensar que poderia ser diferente, porque ela não quis que fosse, e jogou fora algo que valeria a pena, por uma vida futil, vazia, cheia de aventuras, que não a levam pra lugar nenhum, a não ser pra solidão.

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Espero por ti

Não sabia mais do que eu precisava. Talvez fosse apenas paz de espírito, talvez um pouco mais que isso... Sei que do jeito que estava não poderia continuar. Tudo estava bem, mas as lembranças começaram a me torturar e os dias estavam demorando mais para passar. Buscava minha distração em qualquer outra coisa que não me levasse a uma necessidade incrível de chamar por você, na esperança morta e vazia de que de alguma forma você poderia me escutar. Muito mal você me fez passar, mas mesmo assim, é do seu jeito estranho que sinto falta, do seu amor ingrato, suas palavras frias e ferventes ao mesmo tempo. Sinto falta da sua atenção e da sua falta, das nossas brincadeiras e das nossas brigas, das discussões e declarações, do seu carinho e dos seus surtos explosivos. Não poderia ser mais assim, pois de nada adianta. Enquanto estou aqui, pensando, remoendo, buscando, querendo, desejando, pedindo e ouvindo os gritos desesperados da minha alma querendo te fazer ouvir e voltar, vejo você feliz, mais do que nunca esteve, de um jeito que eu não poderia te fazer ficar, completamente feliz, sem nem lembrar de que um dia eu existi. Músicas, perfumes, jeitos, programas, filmes, seriados, lugares, luares, amanheceres, chuvas, relâmpagos, desenhos, comidas, festas, trabalhos, e todo o resto me leva de alguma forma a pensar em você, que nem sabe disso, e não imagina o quanto ainda me importo, e peço a Deus por você de volta. Mas, penso que assim deve estar melhor, porque pelo menos está feliz, coisa que eu não sabia mais como fazer você ficar. Não queria escrever isso, e nem nada. Não queria viver desse jeito, buscando preencher a falta que você me faz em pessoas estranhas, bebidas fortes e drogas alucinógenas. Não consigo fazer nada direito, e estou morrendo, aos poucos, sentindo cada milímetro de dor. E mais uma vez, sobre mais uma brisa estranha e sentimentos horríveis, vou encerrar meu dia, falando pra Deus me curar, e me dar a minha vida de volta. Era tudo o que eu queria, ser feliz do meu jeito e ter a minha mente e o meu coração livres de você, que pode ler isso e pensar que é pra outra pessoa. Quem sabe pense que te esqueci, e que por isso não te  procurei. Quem sabe finja ser feliz pra espantar a dor que insiste em me incomodar todos os dias. Quem sabe chora como eu antes de dormir e espera ansiosamente acordar e perceber que era um pesadelo, apenas um pesadelo terrível, que ainda tenho você e você a mim, já que juramos ser eternamente de nós, e não de outros. Quem sabe?


Olhei sozinho para lua, lembrei de quando isso me levava a você.
Me deu tanta saudade sua, pensei que o tempo ia me ajudar a te esquecer.
Meus olhos enxeram de lágrimas, e o meu coração apertou.
Já não te tenho do meu lado, e nem sei mais o que é amor.

A noite estava bonita, mas não havia brilho no meu olhar.
No tempo em que era minha, isso era motivo para namorar.
Passar a noite no sereno, falando de amor e jurando fidelidade.
Infelizmente, eu não sabia, mas sem isso não sei mais o que é felicidade.

Então eu caminhei sozinho, no meio do caminho ouvi uma canção.
E aquela falta de carinho, me fez quase chorar, doeu meu coração.
Precisava de uma forma, um meio, um caminho pra te esquecer.
Mas qualquer coisa que eu fazia, naquela noite linda, lembrava você.

Ah, mas se soubesse que o meu amor
Não se  perdeu, só aumentou,
E que espero por ti todo dia

Me encontraria guiada pela lua,
Me beijaria no meio da rua
Feliz seriamos por toda vida.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Parece que não sabe.

Não quero me apegar, sabendo que isso não vale a pena.
Sabendo que isso é um problema,
E que não vai me ajudar.

Não quero esperar, sem saber se sou correspondido.
Eu sei que ela me trata como amigo,
Mas isso fez eu me apaixonar.

Agora quando acordo, o rosto dela é o que me vem na mente.
Se eu pudesse, isso seria diferente,
Mas já não posso evitar.

Me diz o que é que eu faço? Eu estou gostando de verdade,
E ela nem responde minhas mensagens.
Até me dá vontade de chorar.

Parece que não sabe, que se a procuro é por querer por perto,
Pois longe o coração fica inquieto,
E nada me motiva a sorrir.

Mas se ela não me quer, não vou ficar aqui sofrendo a toa.
Vou esquecer, amar outra pessoa,
Que faça tudo o que ela não fez por mim.

sábado, 15 de dezembro de 2012

Hoje tenho você, só que não.

Uma chance pra nós dois,
Pra essa dor sair e dar lugar a alegria.
Não deixe mais pra depois,
Por que eu sinto sua falta todo dia.

Conversando com você,
Eu percebi que ainda me ama e é tempo de recomeçar.
E eu sorri ao te dizer,
Que ainda te amo e que pra sempre vou te amar.

Você voltou pra mim,
Segurou minha mão.
E hoje tenho você,
Só que não.

Porque ainda está distante,
E isso faz mal pro coração.
Mesmo dizendo que está aqui,
Ainda sinto solidão.

Um recomeço
Não pode ser assim.
Tem que fazer direito,
Pra não chegar ao fim.

Por favor, se decida.
Deixo em suas mãos.
Hoje tenho você,
Só que não...

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Bobo Apaixonado


Eu já estava acostumado com o meu jeito sem ninguém
Cheio de amigos e pessoas que me fazem bem.
Sentindo falta de alguém que pudesse chamar de amor
Mas levando numa boa pra evitar sentir dor.

E no meio da rotina do meu dia te encontrei
Disse que sua amizade me bastava, me enganei.
Mesmo sem te conhecer direito, gostei do seu jeito.
E conversando, eu me apaixonei.

Foi muito rápido, sem intenção
Outra loucura do meu coração
Sem ter motivo, eu perdi a razão.

Não gosto quando você se ausenta, mas não posso te falar
Porque é tudo tão recente e você pode se assustar.
Essa noite eu sonhei contigo e pude te beijar
O melhor sonho da minha vida, não queria acordar.

Uma mensagem e meu coração dispara,
Se liga pra mim, eu perco a fala.
Um bobo apaixonado eu sou
E quero o seu amor.

sábado, 8 de dezembro de 2012

Olhos tristes...


Pensamentos distantes e vagos, sombras frias em dias quentes. O mesmo motivo que um dia fez esse coração calejado bater, hoje o despedaça e o faz querer parar. Nenhuma alegria, nenhum contentamento, nenhuma motivação. Nada faz sentido, como nunca fez! Medos constantes do sofrimento eterno, do choro, da solidão. E tudo o que me resta é continuar vivendo os meus dias, com um vazio interno que sucumbe o que resta em mim. Só queria entender o por que de certas coisas. A vida tem que nos ensinar a ser mais forte, mas para isso, por vezes ela nos esmaga. Nos deixa aflitos, sem saber o que fazer. E tudo isso por causa de um mundo que foi construído em cima de ilusões, de promessas, de alegrias e sorrisos que um dia acreditei que fossem eternos e verdadeiros. O pilar dessas convicções foi tirado de mim, e esse mundo desmoronou. Agora a companhia que tenho é a solidão, por mais que tenham milhares de pessoas ao meu redor. Andar sem rumo, com um coração nostálgico e chorão, que exala essa tristeza através do olhar. Quem me viu forte, se surpreendeu em me ver assim. Palavras de consolo, ombros amigos, abraços confortantes, nada fez com que essa dor passasse. Se eu dissesse a Deus que tudo o que quero é esquecer, estaria mentindo. O que eu quero é ter de volta um motivo pra viver, pra sonhar, pra acreditar que eu teria de volta o meu pilar. Complicado é o coração, que não se contenta com a presença, nem com a ausência. Que quer viver sensações indescritíveis e se priva disso por orgulho, mágoas e ressentimentos. Seria mais fácil se não fosse amor. Seria menos trágico se não fosse a separação. Seria ótimo se houvesse compreensão. Hoje o que me resta são silêncios em meio a barulhos, solidão em meio a companhias, choros intermináveis em meio as madrugadas, e uma mente que suplica por novos pensamentos. E nessa falta, continuarei vivendo até o dia em que for permitido que isso mude...